sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

NONO DIA - de CUSCO á PUNO - o ALTIPLANO DO SUL DO PERU - maravilha!

Na saída da cidade de CUSCO : populares em festejos religiosos

Puno fica a menos de 400 Kms de viagem de Cusco, porém como já estávamos a 3.300 metros sobre o nivel do mar subiríamos mais 400 metros sobre as montanhas até Puno que fica a 3700 msnm,





 o trajeto é magnífico e resolvi que levaríamos o dia todo para percorrer o trajeto, programamos quatro longas paradas em vilarejos e templos incas que estavam em nosso caminho, visitamos Andahuaiylillas 3.122 msnm, o templo de Raqchi e Pukara, em Raqchi almoçamos com os indígenas costeados em suas casa, foi mágico pois compartilhamos do mesmo prato com eles e do mesmo copo, seguimos então a Puno que é cercado pelo lago Titicaca, tivemos um imprevisto já 50km de Puno, havia manifestações de carreteiros e a rodovia estava repleta de pedras e cacos de vidro, foram momentos de tensão mas seguimos lentamente em fila indiana junto a outros veículos. 
a cidade de Puno, o lago titicaca em frente a cidade

Chegamos ao escurecer e fomos diretos a um hotel que nosso contato de Cusco havia feito, foi nosso primeiro hotel de toda a viagem, pois até então somente estávamos locando estalagens com um certo conforto e com custo baixo, chagando lá nos aguardava um guia local(recomendo a todos); nos passou o roteiro do próximo dia, sairíamos as 09:00 do porto de Puno em direção a civilição do UROS:











povo que vive em ilhas flutuantes no lago. Puno rodeia uma pequena parte do Titicaca, tem um povo hospitaleiro e barulhento, nas ruas o barulho é intenso, com buzinas e cantorias infindáveis regados a todo momento por bandas com bumbos e metais.Todos na rua são muito parecidos, baixos, morenos, traços faciais idênticos, simpatia e sobretudo representantes remanescentes de uma raça - OS INCAS e os AIMARÁS.

Pesquisa Cultural: 
Fonte: Wikipédia

Aimará (em aimará: aymará) é o nome de um povo e respectiva língua - língua aimará -, estabelecido desde a época pré-colombiana no sul do Peru, naBolívia, na Argentina e no Chile.

No Peru os falantes desta língua somam mais de 300.000 pessoas denunciando que o grupo étnico é bem maior. Aí estão mais concentrados no departamento dePuno (perto do Lago Titicaca), nas regiões Moquegua, Arequipa eTacna.
Na Bolívia existem cerca de 1.200.000 falantes do idiomaaimará, sendo a forma falada na capital La Paz considerada a forma mais pura e estruturada da língua, havendo concentrações nos departamentos de Oruro eChuquisaca.
Aimaras.
No Chile, a população aimará é grande, havendo cerca de 50.000 falantes também habitando nas regiões andinas do norte do pais, em Tarapacá e Antofagasta.
Existem também cerca de 10.000 falantes do idioma aimará no oeste da Argentina. Na atualidade há quase 2,5 milhões de pessoas de etnia e ngua aimará, na zona dos Andes. São o segundo grupo nativo, só superado pelosquíchuas com quase 15 milhões de pessoas espalhadas pelos Andes da Colômbia até aArgentina).
Alguns acreditam que o idioma aimará é aparentado com o idioma quíchua língua original do Império Inca embora fortes objeções de vários estudiosos. Os que defendem o parentesco ligüístico se baseiam nas similitudes (por exemplo a palavra Condor é Kuntura em aimará e Kuntur em quíchua.
O que tem de se considerar é que embora adiantados e prósperos, os reinos aimarás originais acabaram sendo dominados pelo imperador inca Huayna Capac entre os anos de 1493 e 1525.
Embora a anexação tenha sido compulsória mas não necessariamente violenta, a inclusão dos aimarás no império acabou influenciando a língua local pela adoção da língua oficial para alguns efeitos burocráticos.
De resto, a influência lingüística quíchua é reflexo direto da influência cultural inca que impôs sua religião na qual o próprio imperador era tido como uma divindade (Huayna Capac mandou os arquitetos e artesãos aimarás irem para Cuzco para aprender as técnicas construtivas e estilo Inca para erigir templos e outras construções imperiais)
O processo não foi diferente do que ocorreu com a posterior dominação espanhola que impregnou no idioma aimará hodierno com vários vocábulos e expressões da língua espanhola.
Aí ocorreu outro fenômeno - embora a língua espanhola tenha sido ferreamente inserida, tanto que é língua oficial numa parte significativa da América do Sul, o idioma aimará, a exemplo de várias línguas locais, foi preservado porque os Jesuítas o utilizaram como língua de catequização vertendo-a por escrito em caracteres latinos.
Na atualidade, os aimará falantes não têm chance de espalhar mais sua língua pelas regiões perto do Lago Titicaca porque não se usa como língua comercial ou de trabalho. O futuro do povo aimará é incerto, já que eles sofrem discriminação e o governo do Peru, por exemplo, não lhes dá força para se desenvolver melhor.
A situação é diferente na Bolívia onde o povo aimará está começando a ressurgir, com líderes como Evo Morales, que faz campanhas sociais para melhorar o desenvolvimento dos povos e do principal cultivo: a coca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário